A Fonte (1856) - Jean-Auguste Dominique Ingres
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Nesta pintura do
artista Ingres, podemos ver uma moça nua segurando um jarro com água
e despejando seu conteúdo no chão, a moça se encontra na união de
duas paredes onde podemos ver algumas plantas e uma flor.
Nos chama a atenção a claridade no corpo da moça, destacando-a em meio aos tons escuros das paredes, impressiona também a habilidade de Ingres ao representar a água escorrendo do jarro e chegando ao chão, onde cria algumas ondulações e também a espuma sob os pés da figura central.
Nos chama a atenção a claridade no corpo da moça, destacando-a em meio aos tons escuros das paredes, impressiona também a habilidade de Ingres ao representar a água escorrendo do jarro e chegando ao chão, onde cria algumas ondulações e também a espuma sob os pés da figura central.
Analisando a
composição do quadro notamos que a figura feminina é feita com
linhas sinuosas porém contidas que também se podem notar
no jarro em que ela segura. A
posição de contraposto, contrabalanceando
o peso e realçando o volume na cintura e pernas
da moça, denota uma
característica obviamente clássica, que podemos ver
em várias esculturas gregas e romanas.
A imagem mostra uma
simetria que percebemos com mais clareza ao olharmos para cima da
figura, onde seus braços formam uma linha diagonal que combina com a
linha que é evidenciada em sua cintura.
Análise interpretativa:
A pintura está disposta de altos contrates entre o claro e escuro, porém percebemos a água escorrendo delicadamente e junto as flores, um ar calmo, o qual a tranquilidade não é afetada pelo escuro do cenário. O nu feminino não torna a pintura erótica, ela se contrasta pela sensualidade e a forma simples que a personagem se destaca em meio ao ambiente, sendo ele uma rocha, parede ou pedra ao fundo ou algo do gênero. É possível ver a eficácia na fusão da natureza com a jovem despida, se relacionando perfeitamente, resultando em uma harmonia entre elas. Como se sempre estivesse ali. Apesar da expressão facial séria da figura central, o ato dela com o jarro e o contraposto exercido na perna direita não desvinculam o ar sereno da obra.
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